A experiência de cinco heteros na boate gay

A preparação psicológica já havia começado há duas semanas. Começou quando eu gostei da idéia de foto-documentar a balada gay mais famosa da cidade. Eu não precisava fazer isso, mas depois de um ano recusando convites para conhecer o “bafão”, achei que estivesse na hora de quebrar paradigmas.

Uma decisão difícil para um heterossexual criado na igreja evangélica Assembléia de Deus e com um apreço infinito pelas mulheres desde que se entende por gente. Por isso, recrutei dois amigos na mesma situação: Ciro Schimitz, gaúcho macho e Nino Augusto, projeto de caminhoneiro renomado. A expedição ainda era composta por Lorena Fernandes, idealizadora e Manô Loureiro, voluntária.

As mulheres, provavelmente, têm mais facilidade em não ter preconceitos sexuais. Lorena e Manô, freguesas da casa, tentavam nos convencer que seria legal (e elas estavam certas). Relutantes, os homens caprichavam em elaborar suas desculpas:
“É um trabalho estritamente profissional”; “Eu vou porque tu és meu amigo”; “Meu amigo que trabalha lá disse que vai liberar ‘bira’ pra gente”.

Imbuídos de cara e coragem, somadas a uma dose extra de desculpa esfarrapada, nós, preconceituosos (os homens da expedição) heteros partimos rumo à badalada Ivix, a boate mais alegre da cidade.

A galera








Espetáculo

Umas das atrações que a casa faz com uma certa freqüência é o show com drag queens. Essas meninas das fotos abaixo são as donas do espetáculo.


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